"Plínio Salgado (...) não era o chefe imaginado pela direita do país: arrogante nos momentos de êxito, era simples seguidor de ordens oficiais em momentos adversos. Assim terminou sua carreira, como deputado convencional. Não sem deixar marca profunda de seu pensamento, pouco original, mas eficaz na propaganda, empolgando largos setores da população por alguns anos, para depois consumir-se como político comum na Câmara dos Deputados. A Ação Integralista é episódio digno de nota na trajetória política de um povo que não conta com instantes excepcionais, em geral acomodado à ordem vigente. Exprimiu aqui a ascensão da direita no mundo, mas não conseguiu impô-la. Viveu intensamente de 1932 a 1937, para depois desaparecer. "
IGLESIAS, Francisco. Trajetória Política do Brasil 1500-1964. ed. Cia das Letras, p. 241, 1993.