"Ontem a tarefa principal do momento era nacionalizar, confiscar, abater e aniquilar a burguesia e terminar com a sabotagem; tudo com a maior decisão possível. Hoje, só os cegos não vêem que nacionalizamos, confiscamos, abatemos e ferimos mais do que tivemos tempo de calcular. A diferença entre a socialização e o simples confisco está em que é possível confiscar só com decisão, sem a capacidade de calcular e distribuir corretamente, enquanto que sem esta capacidade não se pode socializar (...) comparado com o atual estado de coisas em nossa República Soviética, o capitalismo de Estado seria um passo adiante. Se dentro de seis meses aproximadamente se implantasse o capitalismo de Estado em nossa República, seria um êxito enorme e a mais segura garantia de que dentro de um ano o socialismo se consolidaria definitivamente em nosso país e se tornaria invencível (...)
O socialismo é inconcebível sem a grande técnica capitalista, baseada nos últimos descobrimentos da ciência moderna. É inconcebível sem uma organização estatal planificada, que submeta dezenas de milhões de pessoas ao mais estrito cumprimento de uma norma única na produção e na distribuição dos produtos. (...)
O socialismo é inconcebível, além disto, sem a dominação do proletariado no Estado (...) E a história foi tomando um sentido tão peculiar, que em 1918 deu à luz a duas metades desconexas de socialismo que existiam ao lado de uma outra como dois futuros franguinhos na casca única do imperialismo internacional. Em 1918, a Alemanha e a Rússia são a encarnação evidente da realização material das condições econômicas, produtivas e sócio-econômicas do socialismo, por um lado, e das condições políticas, por outro."
LENIN. Infantilismo de Esquerda e a Mentalidade Pequeno-Burguesa. In: Estado, Ditadura do Proletariado e Poder Soviético. org. Antônio Roberto Bertelli. ed. Oficina de Livros, p. 16-18.
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