"Os anarquistas são os únicos a defender por inteiro o princípio da liberdade. Todos os outros gabam-se de tornar a humanidade feliz mudando ou suavizando a forma do açoite. (...)
Sem açoite, sem coerção, de um modo ou de outro, sem o açoite do salário ou da fome, sem aquele do juiz ou do policial, sem aquele da punição sob uma forma ou outra, eles não podem conceber a sociedade. Só nós ousamos afirmar que punição, polícia, juiz, salário e fome nunca foram, e jamais serão, um elemento de progresso(...)
O anarquista (...) deve fazer sobressair a parte grande, filosófica, do princípio da anarquia. Deve aplicá-la a ciência, pois, por isso, ele ajudará a remodelar as ideias: ele combaterá as mentiras da história, da economia social, da filosofia, e ajudará aqueles que já o fazem, amiúde incoscientemente, por amor à verdade científica, a impor a marca anarquista ao pensamento do século.
Deve apoiar a luta e a agitação de todos os dias contra opressores e preconceitos, manter o espírito de revolta em toda a parte onde o homem sente-se oprimido e possui a coragem de revoltar-se."
KROPOTKIN, Piotr Alekseievich. O Princípio Anarquista e Outros Ensaios. São Paulo, ed. Hedra.
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