"Se o sionismo religioso - o Apelo do Sion, nome de uma colina de Jerusalém - passou a dominar os judeus devotos após a destruição do Templo por Titus em 70, o sionismo político começara a manifestar-se (...) agosto de 1897 a carta fundadora do movimento sionista, proclamada no primeiro Congresso Mundial Sionista, reunido em Basiléia. Um jornalista austríaco, judeu assimilado, Th. Herzl, é a alma deste movimento nacionalista, nascido das ideias em voga na época em toda a Europa, mas sobretudo da constatação da existência de pogroms contra os judeus na Rússia e na Polônia, e do desencadear de um anti-semitismo virulento na França, em 1894, com o caso Dreyfus.
O seu programa é formulado desta maneira: o sionismo tem por objetivo a criação na Palestina de uma pátria para o povo judeu, garantida pelo direito internacional.
(...)
Mas Herzl (...) tinha escrito, 1896, uma obra que iria marcar a História, Der Judenstaat (O Estado Judaico) (...)
Herzl morre em 1905. Um judeu russo naturalizado inglês assume a causa. Para Chaüm Weizmann, ao contrário de Herzl, não se concebe a pátria judaica fora da Palestina. Brilhante investigador científico, dá uma ajuda preciosa ao esforço de guerra inglês ao conseguir realizar a síntese da acetona. Isso abre para ele inúmeras portas, especialmente a de Lloyd George, futuro primeiro-ministro. Ele já é amigo de Arthur Belfour, futuro ministro das Relações Exteriores. Propõe a eles a criação de um Estado-tampão judaico na Palestina sob proteção britânica, a melhor maneira de assegurar a defesa do Canal de Suez"
BUTTIN, Maurice. Imperialismos, sionismo e Palestina. In: O Livro Negro do Capitalismo, p. 135-136.
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