terça-feira, 29 de novembro de 2011

Rosa Luxemburgo e o sentido burguês de toda burocracia

"Sem eleições gerais, sem liberdade ilimitada de imprensa e de reunião, sem livre enfrentamento de opiniões, a vida se estiola em qualquer instituição pública, torna-se uma vida aparente na qual a burocracia subsiste como único elemento ativo.
A vida pública adormece progressivamente, algumas dúzias de chefes, portadores de uma inesgotável energia e de um idealismo sem limites, dirigem e governam; entre eles, a direção é assegurada, na realidade, por uma dúzia de espíritos superiores, e a elite do operariado é convocada de tempos em tempos para reuniões, para aplaudir o discurso do chefe e votar unanimemente as resoluções propostas (...) Trata-se de uma ditadura, é verdade, não a ditadura do proletariado, mas a ditadura de um punhado de políticos, isto é, uma ditadura no sentido puramente burguês."
LUXEMBURGO, Rosa. A Revolução Russa.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

José de Alencar defendia a escravidão

"Se a escravidão não fosse inventada, a marcha da humanidade seria impossível, a menos que a necessidade não suprisse esse vínculo por outro igualmente poderoso. (...)
Desde as origens do mundo, o país centro de uma esplêndida civilização é, no seu apogeu, um mercado, na sua decadência, um produtor de escravos. (...)
Modernamente, os povos caminham pela indústria. São os transbordamentos das grandes nações civilizadas que se escoam para as regiões incultas, imersas na primitiva ignorância. O escravo deve ser, então, o homem selvagem que se instrui pelo trabalho. Eu o considero nesse período como o neófito da civilização."

ALENCAR, José de. Cartas a favor da escravidão. ed. Hedra, 2008, p. 67.