quarta-feira, 24 de março de 2010

Nietzsche e o veneno da moral ressentida

"Sujeitamo-nos aos fatos: o povo venceu - ou os escravos, ou a plebe, ou o rebanho, ou como quiser chamá-lo - se isso aconteceu graças aos judeus, muito bem! Jamais um povo teve missão maior na história universal. Os senhores foram abolidos; a moral do homem comum venceu. Ao mesmo tempo, essa vitória pode ser tomada como um envenenamento do sangue (...) indubitavelmente essa intoxicação foi bem-sucedida. A redenção do gênero humano está bem encaminhada; tudo se judaíza, cristianiza, plebeíza visivelmente (...) a Igreja (...) atualmente, ela afasta mais do que seduz...Qual de nós seria livre-pensador, se não houvesse a Igreja? A Igreja é que nos repugna, não o seu veneno...Não considerando a Igreja, também nós amamos o veneno"

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da Moral, uma polêmica. Trad. Paulo César de Souza. ed. Companhia das Letras, p. 28.













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